13.5.13

Exaltai-O Como o Legislador Divino

As Reivindicações da Lei de Deus
Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei. Sal. 119:18.
Cristo veio a um povo que era enganado e iludido pelo demónio da ambição. Naquele tempo eles estavam sob o jugo romano, mas esperavam a vinda de Alguém que estabelecesse um reino do qual fossem excluídos todos os outros povos da Terra. Ele quebraria o jugo pagão, exaltaria o Seu povo e o guarneceria de príncipes. Todas as nações seriam intimadas a comparecer perante o Enviado de Deus e compelidas a render-se ou ser destruídas.
Constantemente surgiam profetas alegando ter mensagens especiais nesse sentido. Judá seria honrado como local de poder e glória. Os reinos do mundo e as riquezas dos gentios seriam colocadas a seus pés, e eles seriam exaltados como sacerdotes e reis para Deus. Os que não criam nessas grandes coisas para a nação judaica eram declarados infiéis. Se as suas orações não estivessem repletas dessas brilhantes expectativas, eram consideradas piores do que inúteis. ... As pessoas estavam tão fascinadas com as falsidades de Satanás que seu espírito se achava completamente desprevenido para o Cristo verdadeiro.
A obra de Cristo era expor aos homens o caráter de Seu reino, mostrando que nomes, posições e títulos não são nada, mas genuína virtude e um caráter santo constituem tudo à vista do Céu. Em Seu sermão no monte, as primeiras frases que Lhe saíram dos lábios eram de molde a lançar essas ambições por terra. "Bem-aventurados os humildes de espírito - disse Ele - porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus." Mat. 5:3-10.
Todo esse sermão foi uma explanação da lei. Cristo apresentou as amplas reivindicações da lei de Deus. Ele procurou corrigir-lhes as ideias fantasiosas enaltecendo sentimentos genuínos e proclamando uma bênção sobre os traços de caráter que eram completamente opostos aos atributos acalentados por eles. Apresentou-lhes um reino em que as ambições humanas e as paixões terrenas não podem encontrar entrada. ...
A obra de Cristo consistia em... elevar pessoas, que pereciam na ignorância de verdadeira piedade, para uma atmosfera pura e santa. Signs of the Times, 10 de janeiro de 1900.
A Lei de Deus Permanece Para Sempre
Todos os Seus mandamentos merecem confiança. Eles permanecem para sempre. Sal. 111:7 e 8, BLH.
"Abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo." Apoc. 11:19. A arca do concerto de Deus está no santo dos santos, ou lugar santíssimo, que é o segundo compartimento do santuário. No ministério do tabernáculo terrestre, que servia como "exemplar e sombra das coisas celestiais", este compartimento se abria somente no grande dia da expiação, para a purificação do santuário. Portanto, o anúncio de que o templo de Deus se abrira no Céu, e de que fora vista a arca de Seu concerto, indica a abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, ao entrar Cristo ali para efetuar a obra finalizadora da expiação. Os que pela fé seguiram seu Sumo Sacerdote, ao iniciar Ele o ministério no lugar santíssimo, contemplaram a arca de Seu concerto. Como houvessem estudado o assunto do santuário, chegaram a compreender a mudança operada no ministério do Salvador, e viram que Ele agora oficiava diante da arca de Deus, pleiteando com Seu sangue em favor dos pecadores.
A arca do tabernáculo terrestre continha as duas tábuas de pedra, sobre as quais se achavam inscritos os preceitos da lei de Deus. A arca era mero receptáculo das tábuas da lei, e a presença desses preceitos divinos é que lhe dava valor e santidade. Quando se abriu o templo de Deus no Céu, foi vista a arca do Seu testemunho. Dentro do santo dos santos, no santuário celestial, acha-se guardada sagradamente a lei divina - a lei que foi pronunciada pelo próprio Deus em meio dos trovões do Sinai, e escrita por Seu próprio dedo nas tábuas de pedra.
A lei de Deus no santuário celeste é o grande original, de que os preceitos inscritos nas tábuas de pedra, registrados por Moisés no Pentateuco, eram uma transcrição exata. Os que chegaram à compreensão deste ponto importante, foram assim levados a ver o caráter sagrado e imutável da lei divina. Viram, como nunca dantes, a força das palavras do Salvador: "Até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei." Mat. 5:18.
A lei de Deus, sendo a revelação de Sua vontade, a transcrição de Seu caráter, deve permanecer para sempre, "como uma fiel testemunha no Céu". Nenhum mandamento foi anulado; nenhum jota ou til se mudou. Diz o salmista: "Para sempre, ó Senhor, a Tua palavra permanece no Céu." São "fiéis todos os Seus mandamentos. Permanecem firmes para todo o sempre". Sal. 119:89; 111:7 e 8. O Grande Conflito, págs. 433 e 434.
Guardar o Sábado
Eu sou o Eterno, o Deus de vocês. Obedeçam às Minhas leis e aos Meus mandamentos. Façam do sábado um dia sagrado, de modo que seja um sinal do acordo que fizemos. O sábado fará que se lembrem de que Eu sou o Eterno, o Deus de vocês. Ezeq. 20:19 e 20, BLH.
Por ocasião do êxodo do Egito, a instituição sabática foi distintamente colocada perante o povo de Deus. Enquanto ainda no cativeiro, seus feitores tinham-nos tentado forçar ao trabalho no sábado, acrescentando trabalho ao requerido cada semana. ... Mas os israelitas foram libertos do cativeiro, e levados a um lugar onde podiam observar todos os preceitos de Jeová sem serem molestados. No Sinai a lei foi proclamada; e uma cópia, em duas tábuas de pedra "escritas pelo dedo de Deus" (Êxo. 31:18), foi entregue a Moisés. E através de quase quarenta anos de peregrinação, constantemente foi feito lembrar aos israelitas o dia de repouso de Deus, pela contenção da queda do maná cada sétimo dia, e a miraculosa preservação da porção dobrada que caía no dia da preparação.
Antes de entrar na terra prometida, os israelitas foram admoestados por Moisés a guardar "o dia de sábado, para o santificar". Deut. 5:12. Era desígnio do Senhor que pela fiel observância do mandamento do sábado, Israel fosse continuamente lembrado de sua responsabilidade perante Ele como Seu Criador e seu Redentor. Enquanto guardassem o sábado no devido espírito, a idolatria não poderia existir; mas fossem as exigências deste preceito do decálogo postas de lado como não mais vigentes, o Criador seria esquecido, e os homens adorariam a outros deuses. "Também lhes dei os Meus sábados", declarou Deus, "para que servissem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica." Contudo, "rejeitaram os Meus juízos, e não andaram nos Meus estatutos, e profanaram os Meus sábados; porque o seu coração andava após os seus ídolos". Em Seu apelo para que tornassem a Ele, o Senhor lhes chamou a atenção outra vez para a importância da santificação do sábado. "Eu sou o Senhor, vosso Deus", disse Ele; "andai nos Meus estatutos, e guardai os Meus juízos, e executai-os. E santificai os Meus sábados, e servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor, vosso Deus." Ezeq. 20:12, 16, 19 e 20.
Cristo, durante Seu ministério terrestre, deu ênfase às  imperiosas exigências do sábado; em todo o Seu ensino Ele mostrou reverência pela instituição que Ele mesmo dera. Em Seus dias o sábado tinha-se tornado tão pervertido que sua observância refletia o caráter de homens egoístas e arbitrários, antes que o caráter de Deus. Cristo pôs de lado o falso ensino pelo qual os que proclamavam conhecer a Deus tinham-nO deformado. Embora seguido com impiedosa hostilidade pelos rabis, Ele não pareceu sequer conformar-Se a suas exigências, mas prosseguiu retamente, guardando o sábado de acordo com a lei de Deus. Profetas e Reis, págs. 180-183.

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