22.9.11

A Minha Missão, O Meu Mundo

A vida dos que se acham ligados a Deus é como perfumados atos de amor e bondade. A doçura de Cristo os permeia; Sua influência eleva e abençoa. São como árvores frutíferas. Homens e mulheres com esse tipo de caráter prestarão serviço prático, com zelosos atos de bondade e labor honesto e sistemático.
A presunção, vaidade e orgulho nunca deveriam misturar-se com o trabalho sagrado. Aqueles que se exaltam por poderem fazer algo para a causa de Deus estão em perigo de deteriorar o trabalho com seu orgulho e arruinarão sua própria alma.
Todos os que estão ligados ao trabalho de Deus deveriam tornar sua missão tão atrativa quanto possível, de maneira a não se distanciar da verdade em conseqüência de sua conduta. O eu deve ser escondido em Jesus, e aqueles que labutam para Deus devem possuir um caráter de agradável fragrância. Esse é o tempo de avançarmos com fervorosos esforços. O grande campo missionário necessita de homens e mulheres para trabalhar com esforço determinado, oração e lágrimas, semeando a preciosa semente da verdade à semelhança do Redentor, que foi o Príncipe dos missionários. Cristo deixou as cortes celestes; deixou seu alto comando e, em nosso favor, tornou-Se pobre, para que, por Sua pobreza, nos tornássemos ricos. Ele labutou em Suas vinhas entre as colinas da Galileia e, finalmente, regou com Seu próprio sangue a semente que semeara. Quando a colheita da terra for reunida no celeiro celeste e Cristo contemplar Seus santos redimidos, “verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeito”.
Nosso trabalho consiste em espalhar a luz da verdade e promover a obra de reforma moral, para elevar, enobrecer e abençoar a humanidade.
Aquele que concede e amplia as habilidades dos que desenvolveram sabiamente os talentos a eles confiados, tem prazer em reconhecer o serviço de Seu povo, crentes no Amado, em cuja força e graça eles realizam a obra. Os que procuram desenvolver e aperfeiçoar o caráter cristão por meio de suas habilidades e boas obras, semeando a semente da verdade ao longo de todos os rios, colherão o que semearam. O trabalho iniciado na Terra alcançará sua consumação na vida perfeita e santa, que perdurará pela eternidade. Requer-se abnegação e sacrifício no cultivo do coração que realiza a obra de Cristo, e será infinitamente recompensado pelo prêmio do eterno peso de glória, a alegria da vida medida com a vida de Deus.
Vivendo por Jesus
Nenhum de nós deve ficar satisfeito por simplesmente salvar sua própria alma. Aqueles que apreciam o plano da salvação, o infinito preço pago pela redenção do homem, não viverão para si mesmos.
Demonstrarão o mais profundo interesse em salvar seus semelhantes, para que a morte de Cristo por eles não seja em vão.
Todo o Céu está interessado na salvação das pessoas, e todos os participantes dos benefícios celestes sentirão intenso anseio para que o interesse manifestado no Céu não seja vão. Na Terra, cooperarão com os anjos do Céu ao manifestar apreciação pelo valor das almas por quem Cristo morreu. Por sua determinação e diligente trabalho, conduzirão muitos aos braços de Cristo. Nenhum dos que participam da natureza divina ficará indiferente a esse ponto.
O mundo é nosso campo. Firmados em Deus, em Sua força e graça, avançaremos no caminho do dever, como colaboradores do Redentor do mundo. Nosso trabalho consiste em espalhar a luz da verdade e promover a obra de reforma moral, para elevar, enobrecer e abençoar a humanidade. Devemos praticar os princípios do sermão do monte em cada ação, deixando com Deus as conseqüências.
A Alegria do Serviço
“Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no Céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” “Semelhantemente, Eu vos digo, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.”
Se Deus, Cristo e os anjos se alegram quando apenas um pecador se arrepende e se torna obediente a Jesus, não deveria o homem estar imbuído desse mesmo espírito e trabalhar pelo tempo e pela eternidade, com perseverante esforço, para salvar não apenas sua vida, mas a de outros?
Se trabalharmos nessa direção, com a inteireza de um coração interessado, como seguidores de Cristo, deixando toda ocupação, aproveitando cada oportunidade, nossa alma será moldada gradualmente pelo perfeito cristianismo. Não haverá vazio no coração, a vida espiritual será ampliada. O coração se impressionará com o brilho da imagem divina, pois estará em íntima sintonia com Deus. A vida fluirá com alegre disposição em canais de amor e compaixão pela humanidade. O eu será esquecido e o destino desse grupo será estabelecido por Deus. Ao levar outros à água, sua própria alma será dessedentada.
Os rios que fluem de sua alma brotam de uma fonte viva e alcança os outros em forma de boas obras, determinação e esforços altruístas para salvá-los. A fim de ser árvore frutífera, a alma deve retirar seu sustento e nutrição da Fonte da Vida e estar em harmonia com o Criador.
Consagração
Aqueles que são fiéis obreiros de Deus dedicarão seu espírito e suas faculdades em sacrifício voluntário a Ele.
O Espírito de Deus, atuando em nosso espírito, produz doces melodias na alma, em resposta ao toque divino. Essa é a verdadeira santificação revelada na palavra de Deus. Essa é uma obra para toda a vida. Será coroado de glória, nas mansões de Deus, o homem perfeito em quem o Espírito de Deus iniciou Sua obra, sobre a Terra.
São raros os momentos em que temos o privilégio de trabalhar. Estamos no limiar da vida eterna. Não temos tempo a perder. Cada momento é ouro e muito precioso para ser gasto apenas com nós mesmos.
Quem seguirá a Deus com determinação e d´Ele receberá força e graça para ser Seu obreiro fiel no campo missionário? É indispensável esforço individual para se obter sucesso nesse trabalho.
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Por Ellen G. White
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Os Adventistas do Sétimo Dia crêem que Ellen G. White exerceu o dom profético bíblico por mais de 70 anos de ministério público. Esse artigo foi extraído de sua primeira publicação na revista Adventist Review and Sabbath Herald, hoje Adventist Review, de 2 de janeiro de 1879.

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