28.6.10

O SELAMENTO

Ao principiar o santo sábado, 5 de janeiro de 1849, entregamo-nos à oração com a família do irmão Belden, em Rocky Hill, Connecticut, e o Espírito Santo desceu sobre nós. Fui levada em visão para o lugar santíssimo, onde vi Jesus ainda intercedendo por Israel. Na extremidade inferior de Suas vestes havia uma campainha e uma romã, uma campainha e uma romã. Vi então que Jesus não abandonaria o lugar santíssimo sem que cada caso fosse decidido, ou para a salvação ou para a destruição; e que a ira de Deus não poderia manifestar-se sem que Jesus concluísse Sua obra no lugar santíssimo, depusesse Suas roupas sacerdotais, e Se vestisse com vestes de vingança.
Então Jesus sairá de entre o Pai e os homens, e Deus não mais silenciará, mas derramará Sua ira sobre aqueles que rejeitaram Sua verdade. Vi que a ira das nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos eram acontecimentos separados e distintos, seguindo-se um ao outro; outrossim, que Miguel não Se levantara e que o tempo de angústia, tal como nunca houve, ainda não começara. As nações estão-se irando agora, mas, quando nosso Sumo Sacerdote concluir Sua obra no santuário, Ele Se levantará, envergará as vestes de vingança, e então as sete últimas pragas serão derramadas.
Vi que os quatro anjos segurariam os quatro ventos até que a obra de Jesus estivesse terminada no santuário, e então viriam as sete últimas pragas. Essas pragas enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos trazido os juízos de Deus sobre eles, e que, se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas cessariam.
Saiu um decreto para se matar os santos, o que fez com que esses clamassem dia e noite por livramento. Esse foi o tempo da angústia de Jacó. Gên. 32. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram. Sua face se iluminou com a glória de Deus.
Foi-me mostrada então uma multidão que ululava em agonia. Em suas vestes estava escrito em grandes letras: "Pesado foste na balança, e foste achado em falta." Dan. 5:27. Perguntei quem era aquela multidão. O anjo disse: "Estes são os que já guardaram o sábado e o abandonaram." Ouvi-os clamar com grande voz: "Acreditamos em Tua vinda e a ensinamos com ardor." E enquanto falavam, seus olhares caíam sobre suas vestes, viam a escrita e então choravam em alta voz. Vi que eles haviam bebido de águas profundas, e enlameado o resto com os pés - pisando o sábado a pés; e por isso foram pesados na balança e achados em falta.
Então meu anjo assistente me reconduziu à cidade, onde vi quatro anjos voando em direção à porta. Estavam precisamente a apresentar o cartão de ouro ao anjo que estava à porta, quando vi outro anjo voar rapidamente, vindo da direção em que se encontrava a mais excelsa glória, e clamar com grande voz aos outros anjos, agitando para cima e para baixo alguma coisa que tinha na mão. Pedi ao meu anjo assistente explicação do que via. Disse-me que nada mais poderia ver então, mas em breve ele me mostraria o que significavam as coisas que então vi.
Sábado à tarde, um dentre o nosso grupo ficou doente, e pediu orações para ser curado. Unimo-nos em rogos ao Médico que jamais perdeu um caso e, enquanto o poder curador descia, e o enfermo sarava, o Espírito desceu sobre mim, e fui arrebatada em visão.
Vi quatro anjos que tinham uma obra a fazer na Terra, e estavam em vias de cumpri-la. Jesus estava vestido com trajes sacerdotais. Ele olhou compassivamente para os remanescentes, levantou então as mãos, e com voz de profunda compaixão, exclamou: "Meu sangue, Pai, Meu sangue! Meu sangue! Meu sangue!" Vi então que, de Deus, que estava sentado sobre o grande trono branco, saía uma luz extraordinariamente brilhante e derramava-se em redor de Jesus. Vi a seguir um anjo com uma missão da parte de Jesus, voando rapidamente aos quatro anjos que tinham a obra a fazer na Terra, agitando para cima e para baixo alguma coisa que tinha na mão, e clamando com grande voz: "Segurai! Segurai! Segurai! Segurai! até que os servos de Deus sejam selados na fronte!"
Perguntei ao meu anjo assistente o sentido do que eu ouvia, e que iriam fazer os quatro anjos. Ele me disse que era Deus quem restringia os poderes, e incumbira os Seus anjos de tudo quanto se relacionava com a Terra; que os quatro anjos tinham poder da parte de Deus para reter os quatro ventos, e estavam já prestes a soltá-los. Mas enquanto se lhes afrouxavam as mãos e os quatro ventos estavam para soprar, os olhos misericordiosos de Jesus contemplaram os remanescentes que não estavam selados e, erguendo as mãos ao Pai, alegou que havia derramado Seu sangue por eles. Então outro anjo recebeu ordem para voar velozmente aos outros quatro e mandar-lhes reter os ventos até que os servos de Deus fossem selados na fronte com o selo do Deus vivo.

25.6.10

A PROVA DA NOSSA FÉ

Nesta época de provação precisamos animar-nos e confortar-nos mutuamente. As tentações de Satanás são maiores agora do que nunca, pois ele sabe que o seu tempo é curto, e que muito breve todos os casos estarão decididos, ou para a vida ou para a morte. Não é tempo de nos deixarmos vencer pelo desânimo nem de sucumbir sob as provações; devemos sobrepor-nos a todas as nossas aflições, e confiar inteiramente no todo- poderoso Deus de Jacó. O Senhor me mostrou que Sua graça é suficiente em todas as nossas provações; e conquanto sejam maiores do que nunca antes, podemos todavia vencer toda tentação, se retivermos absoluta confiança em Deus, e pela Sua graça sairemos vitoriosos.
Se vencemos as provações e ganhamos a vitória sobre as tentações de Satanás, suportamos então a prova de nossa fé que é mais preciosa do que o ouro, e nos achamos mais fortes e mais bem preparados para enfrentar a provação seguinte. Mas se desanimamos e cedemos às tentações de Satanás, ficaremos mais fracos, não alcançaremos recompensa pela prova, nem estaremos tão bem preparados para a próxima. Dessa maneira tornar-nos-emos cada vez mais fracos, até que sejamos levados em cativeiro por Satanás, à sua vontade.
Devemos estar revestidos de toda a armadura de Deus, e prontos cada momento para suster conflito com os poderes das trevas. Quando nos assaltarem tentações e provações, vamos a Deus, e com verdadeira agonia de alma oremos a Ele. Não nos despedirá Ele vazios, mas nos dará graça e força para vencer e quebrar o poder do inimigo. Oh! oxalá todos pudessem ver estas coisas na sua verdadeira luz, e suportar as dificuldades como bons soldados de Cristo! Então Israel avançaria, forte em Deus, na força de Seu poder.
Deus me mostrou haver Ele dado ao Seu povo uma taça amarga a beber, a fim de os purificar e limpar. E um amargo gole, e eles o podem tornar ainda mais amargo murmurando, queixando-se e amofinando-se. Aqueles, porém, que o recebem assim, precisam de outro trago pois o primeiro não produz sobre o coração o efeito que lhe era destinado. E se o segundo não efetua o trabalho precisarão então de outro, e outro, até que haja produzido o devido efeito, ou serão eles deixados sujos e impuros de coração. Vi que esta amarga taça pode ser adoçada pela paciência, perseverança e oração, e que terá o visado efeito sobre o coração daqueles que assim a recebem, e Deus será honrado e glorificado.
Não é coisa insignificante ser cristão, de propriedade divina e por Deus aprovado. O Senhor me mostrou alguns que professam a verdade presente, cuja vida não corresponde à sua profissão. Têm norma de piedade muito baixa, e estão longe da santidade recomendada na Bíblia. Alguns se entretêm em conversação vã e indecorosa, e outros dão lugar a imposições do eu. Não devemos esperar agradar a nós mesmos, viver e agir como o mundo, ter seus prazeres, apreciar a companhia dos que são do mundo, e reinar com Cristo em glória.
Devemos ser participantes dos sofrimentos de Cristo aqui, se queremos participar de Sua glória no além. Se procuramos nosso próprio interesse, ou como podemos melhor agradar a nós mesmos, em vez de buscar agradar a Deus e fazer avançar Sua preciosa e sofredora causa, desonramo-Lo e a essa santa causa que professamos amar. Não temos senão um pequeno espaço de tempo no qual trabalhar por Deus. Nada deveria ser demasiado caro para ser sacrificado pela salvação do desgarrado e quebrantado rebanho de Jesus. Aqueles que fazem hoje um concerto com Deus em sacrifício, logo serão recebidos a fim de participar de uma rica recompensa, e possuir o novo reino para todo o sempre.
Oh! Vivamos inteiramente para o Senhor, e, por vida bem ordenada e por conversa piedosa, mostremos que estivemos com Jesus, e somos Seus seguidores mansos e humildes. Devemos trabalhar enquanto é dia, pois quando vier a escura noite da perturbação e angústia, será demasiado tarde para trabalhar para Deus. Jesus está em Seu santo templo, e agora aceita nossos sacrifícios, orações e confissões de faltas e pecados, e perdoará todas as transgressões de Israel, para que sejam apagadas antes que Ele saia do santuário. Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo. Mas aqueles que forem injustos e sujos serão injustos e sujos ainda; pois não haverá então sacerdote no santuário para apresentar seus sacrifícios, confissões e orações perante o trono do Pai. Portanto, o que se há de fazer para livrar as almas da tormenta vindoura da ira, deve ser feito antes que Jesus saia do lugar santíssimo do santuário celestial.

16.6.10

AO PEQUENO REBANHO

Caros irmãos: Em 26 de janeiro de 1850, o Senhor me deu uma visão que vou relatar. Vi que alguns dentre o povo de Deus são obtusos e sonolentos, meio despertos; sem compreenderem o tempo em que vivemos; e outros estão em perigo de serem varridos. Pedi a Jesus que os salvasse, que os poupasse um pouco mais e lhes deixasse ver seu temível perigo, para que pudessem aprontar-se antes que fosse para sempre tarde demais. Disse o anjo: "A destruição vem chegando como um redemoinho." Pedi ao anjo que se compadecesse daqueles que amavam este mundo, que estavam presos às suas posses, e não se dispunham a desembaraçar-se delas e sacrificar-se a fim de acelerar os mensageiros para que alimentem as ovelhas famintas que estão perecendo por falta de alimento espiritual, e as salvasse.
Quando vi pobres almas perecendo por falta da verdade presente, e alguns que apesar de professar nela crer, deixavam-nas morrer porque retinham os meios necessários para levar avante a obra de Deus, foi-me dolorosíssimo este quadro, e pedi ao anjo que o afastasse de mim. Vi que quando a causa de Deus exigia de alguns parte de seus haveres, como o mancebo que fora ter com Jesus (Mat. 19:16-22), ficaram tristes; e que logo o flagelo iminente passaria e lhes arrebataria todas as possessões, e então seria demasiado tarde para sacrificar bens terrestres e acumular tesouros no Céu.
Vi então o glorioso Redentor, formoso e adorável; vi que havia deixado o reino da glória e viera a este tenebroso e solitário mundo para dar Sua vida preciosa e morrer, na qualidade de justo em prol dos injustos. Suportou cruéis escárnios e açoites, levou sobre Si a coroa de espinhos, e no jardim verteu grandes gotas de sangue enquanto o fardo dos pecados do mundo todo estava sobre Ele. O anjo perguntou: "Por que isso?" Oh! eu vi e compreendi que foi por nós; por nossos pecados Ele sofreu tudo isso, para que por Seu precioso sangue pudesse remir-nos para Deus.
Foram-me então de novo apresentados aqueles que não se dispunham a sacrificar bens deste mundo a fim de salvar as almas que pereciam, enviando a eles a verdade enquanto Jesus permanece diante do Pai alegando por eles Seu sangue, sofrimentos e morte, e enquanto os mensageiros de Deus estão esperando, prontos para levar-lhes a verdade salvadora a fim de que possam ser seladas com o selo do Deus vivo. Para alguns que professam crer na verdade presente, é coisa difícil fazer tão pouco como seja passar às mãos dos mensageiros o dinheiro que realmente pertence a Deus e que Ele lhes entregou para o administrarem.
Novamente me foi apresentado o sofredor e paciente Jesus, cujo amor tão profundo O levou a dar a vida pelo homem. Também vi o procedimento daqueles que professavam ser Seus seguidores. Eles tinham bens deste mundo mas consideravam coisa demasiado grande ajudar a causa da salvação. O anjo perguntou: "Podem estes entrar no Céu?" Outro anjo respondeu: "Não; nunca, nunca, nunca! Os que não se interessam pela causa de Deus na Terra jamais poderão cantar no Céu o cântico do amor redentor." Vi que a rápida obra que Deus estava fazendo na Terra logo seria abreviada em justiça, e que os mensageiros devem rapidamente ir em busca do rebanho disperso.
Começou a forte sacudidura e continuará, e todos os que não estiverem dispostos a assumir posição ousada e tenaz em prol da verdade, e a sacrificar-se por Deus e por Sua causa, serão joeirados. O anjo disse: "Achas que alguém será forçado a fazer sacrifícios? Não, absolutamente. Deverá ser uma oferta voluntária. Será preciso tudo para comprar o campo." Clamei a Deus para poupar a Seu povo, dentre o qual alguns estavam desfalecentes e moribundos. Vi então que os juízos do Todo- poderoso estavam para vir rapidamente, e roguei ao anjo que falasse ao povo em sua linguagem. Disse ele: "Todos os trovões e relâmpagos do monte Sinai não moveriam aqueles que não hajam de mover-se pelas claras verdades da Palavra de Deus; tampouco os despertaria a mensagem de um anjo."
Contemplei então a beleza e a formosura de Jesus. Suas vestes eram mais brancas do que o mais puro branco. Nenhuma linguagem pode descrever-Lhe a glória e exaltada formosura. Todos, quantos guardarem os mandamentos de Deus, entrarão na cidade pelas portas, e terão direito à árvore da vida, e sempre estarão na presença de Jesus, cujo semblante resplandece mais do que o Sol ao meio-dia.
Foi-me chamada a atenção para Adão e Eva no Éden. Participaram da árvore proibida e foram expulsos do jardim; e então foi colocada a espada inflamada em redor da árvore da vida, para que não participassem de seu fruto e fossem pecadores imortais. A árvore da vida destinava-se a perpetuar a imortalidade. Ouvi um anjo perguntar: "Quem, da família de Adão, passou pela espada inflamada, e participou da árvore da vida?" Ouvi outro anjo responder: "Ninguém da família de Adão passou pela espada inflamada e participou daquela árvore; não há, portanto, nenhum pecador imortal. A alma que pecar, morrerá morte eterna, morte esta que durará sempre, de que não haverá esperança de ressurreição; e então a ira de Deus se aplacará.
"Os santos descansarão na santa cidade, e reinarão como reis e sacerdotes durante mil anos; então Jesus descerá com os santos sobre o Monte das Oliveiras, que se partirá ao meio, e se transformará numa grande planície, para nela se estabelecer o Paraíso divino.
O resto da Terra não será purificado antes do final dos mil anos, ocasião em que os ímpios mortos ressuscitarão e se reunirão em torno da cidade. Os pés dos ímpios nunca profanarão a Terra renovada. De Deus descerá fogo do céu e os devorará; queimá-los-á, sem lhes deixar raiz nem ramo. Satanás é a raiz, e seus filhos são os ramos. O mesmo fogo que devorar os ímpios purificará a Terra."

6.6.10

PREPARAÇÃO PARA O FIM

O Senhor mostrou que grande obra devia ser feita por Seu povo antes que este estivesse em condições de estar em pé para a batalha no dia do Senhor. Minha atenção foi dirigida para aqueles que se declaram adventistas, mas rejeitam a verdade presente, e vi que se estavam fragmentando e que a mão do Senhor estava em seu meio para dividi-los e espalhá-los agora no tempo do ajuntamento, de maneira que as jóias preciosas entre eles, que anteriormente tinham sido enganadas, tenham os seus olhos abertos e vejam o seu verdadeiro estado. E agora quando a verdade é-lhes apresentada pelos mensageiros do Senhor, estão preparados para ouvi-la e ver sua beleza e harmonia, e deixar suas relações e erros anteriores, abraçar a preciosa verdade e permanecer onde possa definir sua posição.
Vi que os que se opõem ao sábado do Senhor não podiam tomar a Bíblia e mostrar que sua posição é correta; portanto difamariam os que crêem e ensinam a verdade e atacariam o seu caráter. Muitos que foram uma vez conscienciosos e amaram a Deus e Sua Palavra têm-se tornado tão endurecidos pela rejeição da luz da verdade que não hesitam em impiamente desfigurar e falsamente acusar os que amam o santo sábado, desde que assim fazendo possam anular a influência dos que corajosamente afirmam a verdade. Mas essas coisas não impedirão a obra de Deus. Na verdade, esta conduta seguida pelos que odeiam a verdade será precisamente o meio de abrir os olhos de alguns. Cada jóia será separada e reunida, pois a mão do Senhor está estendida para reaver o remanescente de Seu povo, e Ele completará a obra gloriosamente.
Nós que cremos na verdade devemos ser muito cuidadosos para não dar ocasião de falarem mal de nossas virtudes. Devemos ter certeza de que todo passo que dermos esteja de conformidade com a Bíblia, pois aqueles que odeiam os mandamentos de Deus triunfarão sobre nossos erros e faltas, como o fizeram os ímpios em 1843.
A 14 de maio de 1851, vi a beleza e formosura de Jesus. Contemplando Sua glória, não me ocorreu o pensamento de que eu devesse separar-me de Sua presença. Vi uma luz provinda da glória que rodeava o Pai, e ao aproximar-se ela de mim, meu corpo tremeu e agitou-se como uma folha. Pensei que, se ela se aproximasse de mim, eu deixaria de existir; mas a luz passou por mim. Então pude ter alguma percepção do grande e maravilhoso Deus com que temos de tratar. Podia ver agora que vaga compreensão alguns têm da santidade de Deus, e quanto tomam em vão o Seu santo e reverendo nome, sem se compenetrarem de que é de Deus, o grande e poderoso Deus, que estão falando. Ao orarem, muitos usam expressões descuidosas e irreverentes, que ofendem o terno Espírito do Senhor, e fazem com que suas petições não cheguem ao Céu.
Vi também que muitos não compreendem o que devem ser a fim de viverem à vista do Senhor sem um sumo sacerdote no santuário, durante o tempo de angústia. Os que hão de receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus.
Vi que muitos negligenciavam a preparação tão necessária, esperando que o tempo do "refrigério" e da "chuva serôdia" os habilitasse para estar em pé no dia do Senhor, e viver à Sua vista. Oh, quantos vi eu no tempo de angústia sem abrigo! Haviam negligenciado a necessária preparação, e portanto não podiam receber o refrigério que todos precisam ter para os habilitar a viver à vista de um Deus santo. Os que recusam ser talhados pelos profetas, e deixam de purificar o espírito na obediência da verdade toda, e se dispõe a crer que seu estado é muito melhor do que realmente é, chegarão ao tempo em que as pragas cairão, e verão que necessitam ser esculpidos e preparados para a edificação. Não haverá, porém, tempo para o fazer, e nem Mediador para pleitear sua causa perante o Pai. Antes desse tempo sairá a declaração terrivelmente solene de que: "Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda." Apoc. 22:11. Vi que ninguém poderia participar do "refrigério" a menos que obtivesse a vitória sobre toda tentação, orgulho, egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação. Deveríamos, portanto, estar-nos aproximando mais e mais do Senhor, e achar-nos fervorosamente à procura daquela preparação necessária para nos habilitar a estar em pé na batalha do dia do Senhor. Lembrem todos que Deus é santo, e que unicamente entes santos poderão morar em Sua presença.