14.11.09

40 PERGUNTAS AOS ADVENTISTAS II - QUAL A RESPOSTA?

16. Se os mandamentos da lei se referem apenas aos Dez Mandamentos como vocês adventistas pretendem, por que o Senhor Jesus Cristo respondeu acerca da lei citando dois mandamentos que não se encontram entre os dez? (ver Mateus 22:35-40) Ele citou um que está no livro de Levítico 19:18 e outro que se encontra no livro de Deuteronómio 6:5. Por acaso Jesus cometeu um engano? Só uma das alternativas pode estar correcta: ou os adventistas estão com a razão e o Senhor Jesus Cristo errado, ou o Senhor Jesus Cristo está com a razão e os adventistas errados.

RESPOSTA: Que tremenda ignorância! Primeiro temos a falsa insinuação de que os adventistas entendem que o termo “mandamentos” só se aplica aos Dez Mandamentos, ignorando que a palavra inclui todas as ordens ditas por Deus ou Jesus, como “Ide, pregai o evangelho por todo o mundo”. Ademais, já mostramos como Jesus cita a SÍNTESE da lei inteira em Sua “lei áurea”. Dizer que isto não é parte dos Dez mostra como ignoram que a “lei áurea” não faz parte do Decálogo--É O PRÓPRIO DECÁLOGO em forma resumida. Os primeiros quatro mandamentos se referem a nossa responsabilidade para com Deus, enquanto que os últimos seis, o mesmo quanto ao próximo. Essa explicação está no documento confessional histórico dos luteranos, baptistas e presbiterianos, e antes, do ensinamento oficial de católicos e ortodoxos.

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Por que Jesus repetiu o mandamento de amar ao próximo JUNTO com os demais do Decálogo como sendo da mesma categoria (ver Mat. 19:18, 19)?

17. O Apóstolo Paulo descreve a lei como um ministério de morte gravado em pedras (2 Coríntios 3:1-18; Êxodo 20:1-17; 31:18; 2:15, 16; 34:1-28). Ele também nos diz que esse ministério haveria de perecer, sendo transitório (II Coríntios 3:7-11). Podem vocês contradizer a Paulo e, principalmente, a Palavra de Deus nos dizendo que esse ministério de morte retornou à vida, suplantando a Nova Aliança da graça que nos foi trazida por Cristo (Hebreus 12:24)?

RESPOSTA: Este texto é um tremendo “tiro” interpretativo que sai pela culatra dos que o utilizam contra o princípio do sábado. Paulo faz uso de uma metáfora que antes havia sido utilizada por Ezequiel (Eze. 11:19, 20 e 36:26, 27) em que aplica a ideia de “tábuas de carne do coração” claramente deixando implícito que nestas tábuas devia estar TODO o conteúdo das tábuas de pedra. O texto como utilizado por Paulo é claramente um contraste entre os que teriam a lei somente como frias letras gravadas em pedra em vez de sê-lo em seus corações, o que os poria sob um ministério de morte, pois a lei só lhes seria fonte de condenação. E, claro, quando faz tal ilustração, Paulo tinha em mente TODO o conteúdo das tábuas de pedra transferido para as tábuas de carne do coração! Essa é a promessa do Novo Pacto, como lemos em Heb. 8:8-10 e 10:16. Se ele pensasse diferente, que só NOVE dentre DEZ dos mandamentos se transferem às “tábuas de carne do coração”, nem faria sentido utilizar a própria metáfora. . .

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Se o que havia nas tábuas de pedra significava MORTE, como pode Deus conceder a Seu povo reunido solenemente uma lei que resultaria em MORTE?! Que tipo de Deus é este que trata discriminatoriamente a Seu povo, reservando a lei de amor e justiça somente para os cristãos, enquanto Israel recebe uma que representa MORTE?! Não é Deus Aquele que não faz acepção de pessoas?!

18. Em Gálatas 3:19 lemos que a lei foi posta até que viesse a semente, deixando assim claro que a lei não seria perpétua, senão que serviria por um tempo definido. A semente, Cristo, chegou e nos redimiu da lei. (Gálatas 3:13) de modo que, segundo as Escrituras, pôs fim ao período para o qual nos foi dada a lei. Somos livres dela (Romanos 7:1-6). Aceitam os ditos da palavra de Deus neste sentido?

RESPOSTA: Se a lei não era perpétua, então os cristãos agora estão livres para matar, roubar, mentir, adulterar. Oh, dirão, porém todos estes princípios foram depois confirmados sob o Novo Testamento, menos o do sábado. Se assim é, temos uma situação incrível que assim descrevemos em nosso estudo “10 Dilemas dos que Negam a Validez dos 10 Mandamentos Como Norma Cristã”:
O quinto dilema dos que advogam a teoria da abolição do Decálogo divino é sua contradição evidente e raciocínio ilógico sobre a “restauração dos mandamentos no Novo Testamento”.

Se todos os mandamentos foram abolidos na cruz, mais adiante sendo restaurados no Novo Testamento (excepto o 4º), imaginemos uma situação incrível que surge disto: O 5º mandamento foi eliminado junto com o resto das regras morais e cerimoniais quando Jesus pronunciou, “está consumado”. Então, no minuto seguinte, qualquer filho de um seguidor de Cristo podia chutar a perna do pai, insultá-lo e desobedecê-lo livremente, posto que o 5º mandamento foi “restaurado” somente quando Paulo o recordou escrevendo aos efésios, e isto pelo ano 58 A.D. (ver Efe. 6:1-3)! E, o que é pior, os termos do mandamento “não matarás”, foi reiterado somente por Paulo em Romanos 13:9, pelo ano 60 A.D. (também “não furtarás”, “não adulterarás”, “não cobiçarás”).

Ou seja, por quase 30 anos os filhos dos cristãos não teriam que respeitar seus pais, porque o 5º mandamento foi restaurado somente depois de umas três décadas, e isso só aos efésios. Muitas décadas mais se passaram até alcançar a comunidade cristã inteira de modo que todos fossem inteirados da necessidade de os filhos obedecerem e respeitarem a seus pais! Além de que aos cristãos seria permitido matar uns aos outros, etc., durante esse período “sem a lei”. . . Faz isso qualquer sentido?!

Com tal tipo de raciocínio podemos ver a enorme confusão dessa gente que vai contra o “assim diz o Senhor” das Escrituras.
PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Se a lei só valia até Cristo, como João viu a arca nos Céus em visão (Ap. 11:19), dentro da qual estavam os Dez Mandamentos em sua cópia terrena, segundo lemos em Deut. 10:1-5? Assim, o original ainda ali está, com TODA a lei de Deus, que até servirá como base para julgar a todos, como Tiago deixa claro chamando-a tanto de “lei real” como “lei da liberdade” (Tia. 2:8-12).

19. Se os cristãos estão obrigados a guardar o sábado, por que isso não foi incluído na importantíssima carta enviada às igrejas pelo concílio de apóstolos e anciãos que se celebrou em Jerusalém para considerar a questão de os gentios deverem guardar a lei? (Actos 15:1-29).

RESPOSTA: Temos aí outro incrível “tiro” interpretativo que sai pela culatra, pois a decisão do Concílio lidava com os temas que causavam dúvidas e dificuldades entre os cristãos, e as quatro regras definidas são, NÃO DE COISAS A CUMPRIR, como se fossem um “tetrálogo” que substitui o Decálogo, como alguns entendem confundindo tudo. As quatro regras são de coisas de que os cristãos gentios deviam ABSTER-SE, ou seja, não praticar. E o sábado NÃO ESTÁ NA LISTA. Essa é uma situação embaraçosa para os anti-sabatistas. Se o Concílio de Jerusalém definiu a abolição do sábado, como alegam, os apóstolos “esqueceram-se” de incluir o sábado entre as regras da lei que NÃO DEVIAM levar em conta, o que demonstra como nossos opositores se confundem inteiramente nessa questão (e outras mais. . .).

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: O verso de Actos 15:21 diz que cada sábado Moisés era lido nas sinagogas Sabiam que os cristãos primitivos iam regularmente às sinagogas ouvir a leitura da Torah, já que não tinham exemplares da Bíblia em abundância e a preço acessível, como as temos hoje? Se fossem outro dia que não o sábado, ou encontrariam as portas fechadas, ou não haveria leitura da Torah. Leiam como em Actos 9:2 Paulo tinha ordens de perseguir cristãos encontrados nas sinagogas, confirmado em Actos 22:19 e 26:10 e 11.

20. Se os cristãos devem guardar o sábado cerimonial judaico, como se explica que o Senhor Jesus Cristo não faz nenhuma menção do tema, ao enumerar os mandamentos ao jovem rico em Mateus 19:16-22? Como é que o apóstolo Paulo escrevendo por inspiração do Espírito Santo, não trata em nenhuma parte de suas várias epístolas da suposta importância de se guardar o sábado?

RESPOSTA: Novamente, o desmoralizado “argumento do silêncio” que nada prova. Jesus não mencionou NENHUM dos mandamentos da “primeira tábua”. Ele não fez qualquer menção de não usar imagens de esculturas nem pronunciar o nome de Deus em vão. Paulo igualmente JAMAIS mencionou a “importância” de tais mandamentos.

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Significa, o fato de que Cristo e Paulo JAMAIS recomendarem especificamente a obediência de certos mandamentos (como o contra pronunciar o nome de Deus em vão, não consultar mortos, não confeccionar imagens) que os cristãos estão livres para pronunciar o nome de Deus em vão, utilizar imagens de escultura em seus actos de culto e consultar aos mortos?

21. Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse se encontram sete cartas às igrejas, dirigidas às sete igrejas locais. São as últimas mensagens dadas directamente às igrejas sobre a Terra. Se fosse verdade o que enfatizam os adventistas, não deveria ter sido recordada a importância da guarda do sábado em algumas dessas cartas?

RESPOSTA: Que argumento infantil! E novamente, o recurso ao “argumento do silêncio”, como sempre a expressão de discriminação contra somente o sábado. Se o critério do que se deve ter como regra de conduta cristã é o que aparece ou não nas cartas, então João foi muuuuuuuito omisso em suas instruções àqueles cristãos. . .

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Onde há qualquer recomendação aos cristãos nas cartas às sete igrejas sobre os preceitos do Decálogo que nunca são mencionados, como também não se menciona a regra de não consultar aos mortos, por exemplo? Significa isso que os cristãos de mais do que sete igrejas hoje, estão livres para não seguir regras de conduta que não estejam claramente definidas nas sete cartas?

22. Vocês dizem que o domingo se iniciou com Constantino no século IV. Como explicam então que os “pais” da Igreja, que escreveram durante os primeiros três séculos depois de Cristo, falem do primeiro dia da semana como sendo aquele em que aconteciam as reuniões dos crentes cristãos?

RESPOSTA: O que dizemos é que Constantino instituiu a prática de origem pagã por uma lei, a primeira legislação civil favorecendo o costume de ter o domingo como feriado religioso. A influência das práticas pagãs, incluindo o domingo, sobre a cristandade já havia começado muito antes, desde princípios do século II, sobretudo depois que Adriano iniciou grandes perseguições contra os judeus.

Se há documentos que falam do domingo como praticado pelos cristãos, isso indica o cumprimento da profecia de Actos 20:29, 30, II Pedro 2:1-3 e Apocalipse, caps. 2 e 3, que mencionam o desvio dos ensinos originais com introdução de falsas ideias entre os cristãos originais, o que se confirmou mais e mais nos séculos da Idade Média, quando a apostasia prevalecia na cristandade.

Ademais, há documentos que confirmam que os cristãos observavam o sábado, como o testemunho de Epifânio, em meados do século IV, comentando sobre os que saíram da Igreja-mãe de Jerusalém e que, com a destruição da cidade, se refugiaram na região de Pela, onde se fixaram e eram conhecidos como “nazarenos”. Epifânio diz que estes cristãos tinham ainda práticas “judaicas”, como a guarda do sábado, assim os criticando e alegando que nem deviam ser considerados cristãos. Eles, porém, eram chamados “nazarenos” e não “moiseanos”.

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Por que recorrem à Patrística como “prova” de que os cristãos teriam adaptado a guarda do domingo desde tempos remotos, sem primeiro apresentar provas bíblicas de que isso tem respaldo bíblico? Não estão fazendo o mesmo que os católicos, que por falta de provas bíblicas para muitos de seus ensinos, também buscam tais provas em sua “santa tradição”?

23. Por que afirmam que um dos papas mudou o dia de descanso do sétimo dia para o primeiro? Há provas históricas cabais de que os cristãos observavam o primeiro dia durante séculos antes que houvesse papa algum! Como explicam isso?

RESPOSTA: Temos uma obra magnífica que discute em detalhes e foi altamente elogiada por eruditos católicos e protestantes, onde todas essas teorias se clarificam e se demonstra indiscutivelmente as origens pagãs da prática dominical, o livro Do Sábado Para o Domingo, do Pr. Samuele Bacchiocchi. Ignorar tal livro e pretender que já não foram provadas estas questões todas só demonstra a intenção de manter os “mitos” de sempre intocáveis. . .

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Já leram o livro de Bacchiocchi? Se o leram, o que têm a dizer sobre o mesmo? Há erros em sua pesquisa? Se sim, quais seriam?

24. Se devemos guardar o sétimo dia, como é que os apóstolos e os cristãos primitivos celebravam suas reuniões de maior importância, como a ceia do Senhor, no primeiro dia em vez do sétimo?

RESPOSTA: Não há nenhuma evidência disto, e as provas apresentadas são mais “tiros” interpretativos que saem pela culatra. O texto de Actos 20:7, por exemplo, não diz absolutamente NADA de que fosse uma Ceia do Senhor, senão que numa noite de sábado Paulo se despedia dos crentes em Troas, e se reuniram para “partir o pão”, que é somente uma comida comum que se praticava todos os dias (Actos 2:46) de casa em casa. . . Teriam eles Ceias do Senhor todos os dias nas casas?!

E o que é dito é que Paulo, em certo momento (depois de resolver uma situação de emergência), volveu ao recinto onde estavam, “e partindo o pão, e comendo, ainda lhes falou largamente até à alvorada; e assim partiu” (vs. 11). Não existe aí nenhuma pista de que era uma Ceia do Senhor. O tipo de linguagem não o confirma, senão o contrário—era uma comida comum. Em continuação, é mostrado como partiu numa longa viagem A PÉ para outra cidade, ainda dentro do tempo do “primeiro dia da semana”, pois era a parte clara do dia que começa no pôr-do-sol (o contar de tempo é judaico, pela própria designação do dia como mia twn sabbaton —o primeiro desde o sábado).

Assim, em vez de ficar com os irmãos na parte da manhã daquele domingo para sua Escola Dominical, ou equivalente, o Apóstolo partiu porque não tinha escrúpulos de santificar o dia, o que o uso de tal texto para contrariar o sábado se revela um “tiro” interpretativo mais que saiu pela culatra. . .

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Sabiam que a terminologia grega para “partir o pão” é klasai arton, uma linguagem genérica aplicada a qualquer comida em qualquer dia da semana (Actos 2:46)? Contudo, o que NÃO se menciona em Actos 20:7 é o tipo de linguagem específica em grego que os cristãos utilizam para a Ceia do Senhor: “Kuriakon Deipnon” (ver 1 Coríntios 11:20). Também podem explicar como, se Paulo participou e até conduziu uma Ceia do Senhor em Actos 20, não há qualquer menção ao vinho, o que é parte integrante de tais cerimónias?

25. Como sabem que realmente guardam o sétimo dia? Podem estar seguros que não houve erros nos cálculos desde o dia em que Deus descansou? Vocês têm de levar em conta as mudanças efectuadas no calendário no ano de 46 a.C., quando se convinha que o ano tivesse somente 345 dias, para corrigir os erros que se haviam acumulados. Deve-se pensar também na lei do ano 1751, essa para “corrigir o calendário”, e que estipulou retirar 11 dias do mês de Setembro. Com estas e outras modificações, estão seguros que sabem contar os dias desde a criação de forma absolutamente correcta?

RESPOSTA: Primeiramente, Deus não é um Legislador tão incompetente, que estabelece um “memorial da criação” no primeiro sábado (Gén. 2:2, 3) e quando o restaura a Seu povo eleito, depois, estabelece um sétimo dia que não tem nenhuma relação com o original, de que o sábado do Decálogo é memorial (Êxo. 20:8-11). Jesus observava o sábado (Luc. 4:16) não só por que era judeu, porém por ser o próprio autor do princípio, como criador que é (João 1:3; Heb. 1:2). Ele Se declarou “Senhor do sábado”, seria incrível que guardasse um dia errado, perdido ao longo da história, desvinculado de sua significação histórica, como “memorial da criação”.

Sobre a mudança de calendários, do juliano para o gregoriano, a data disso foi 1582 e temos bons dados de que o que se passou foi que 10 dias foram tirados no cômputo dos dias, sem afectar a sequência dos dias da semana. Assim, o dia 4 de Outubro de 1582, quinta-feira, foi seguido pelo dia 15 de Outubro, sexta-feira.

Ademais, os judeus têm o seu calendário de quase 6.000 anos, independente do calendário dos cristãos, e o sétimo dia de seu calendário é igual ao dos cristãos. O dia que os judeus religiosos vão a suas sinagogas é o mesmo em que os adventistas do sétimo dia, judeus messiânicos, baptistas do sétimo dia se reúnem em suas congregações.

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Como podem lançar-se a estes ataques contra os observadores do sábado, quando ignoram fatos tão fáceis de conferir, bastando para isso só uma pesquisa não muito complexa sobre a troca de calendários e sua relação com a sequência de dias, ou, simplesmente, perguntar a um judeu em que dia ele vai a seus cultos na sinagoga? Não revela isso como não fizeram o seu “dever de casa” antes de partir para estas críticas, o que só revela a incompetência que têm, não só em assuntos bíblicos, como históricos?

26. Por acaso já leram Colossenses 2:14-17 que nos mostra que a “cédula foi riscada” e “tirada do meio de nós”, significando que os rituais cerimoniais da lei mosaica (incluindo a guarda do sábado judaico que vocês defendem) foi cravada na cruz?

RESPOSTA: O texto de Col. 2:14-17 parece como um “samba anti-sabático de uma nota só” para os inimigos do mandamento do sábado. Lamentavelmente muitos não sabem que não se interpreta a Bíblia tomando-se somente um ou dois textos de linguagem “favorável” a certa ideia, descuidando de ler todo o contexto e demais textos que tratam do mesmo assunto. Assim os católicos se fixam em Mat. 16:18, 19 para “provar” o primado de Pedro, os mórmones utilizam 1 Cor. 15:29 para “provar” o baptismo pelos mortos e as “testemunhas de Jeová” utilizam João 14:19 para negar que Cristo virá visivelmente outra vez.

Em toda Colossenses a palavra “lei” nem sequer é utilizada. O tema da epístola não é abolição de leis. Sabe-se agora que o cheirographon era o documento escrito que tinha as culpas atribuídas a um réu em uma corte, e o que Paulo diz é que os que são perdoados por Cristo têm suas culpas eliminadas. Depois de falar do baptismo e morte para o pecado (vs. 12) o vs. 13 diz, “perdoando-nos todos os pecados”, e logo fala dos decretos, o que não é a maneira de perdoar pecados. Não se eliminam pecados por eliminar a lei que os aponta (ver Rom. 7:7, 8). Assim, o que foi cravado na cruz não foi a lei, senão o registo de culpa.

Todo o teor do capítulo mostra que Paulo, além dessas reflexões, discute um problema local, e não pretende estabelecer regras de caráter universal. Havia os extremistas que desejavam impor sobre os locais seu entendimento de como praticar a religião, cheio de idéias de “não manuseies, nem proves, nem ainda toques”. No vs. 18 Paulo claramente indica qual era sua preocupação real no que diz: “Ninguém atue como árbitro contra vó”.

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Se em Col. 2:14-17 Paulo está ensinando o fim do sábado, que deixa ele em seu lugar? Não é indicado nada de que ele pensa sobre o domingo, ou outro dia qualquer. Assim, teria Paulo, contrariado o que Jesus disse, de que “o sábado foi feito por causa do homem”, decidido por sua conta dar um fim ao princípio do dia de repouso e de dedicar ao Senhor todo um dia?

27. Nos versículos 16 e 17 do mesmo capítulo, vemos que certas coisas exigidas sob a lei de Moisés, entre elas a observância do sábado cerimonial, não são mais que uma sombra do porvir--o corpo espiritual de Cristo. Guardar o sábado é agarrar uma sombra.

RESPOSTA: Como se esperaria, investem pesadamente sobre um texto que parece favorável ignorando a sua contextuação lógica. O sábado semanal não é cerimonial e sobre isto temos o estudo “10 Razões Por Que o Sábado Não É Um Preceito Cerimonial” que os anti-sabatistas jamais o refutaram ponto por ponto.

Ainda que o sábado seja em certo sentido um símbolo do futuro descanso da salvação, como diz o comentário dos eruditos baptistas Jamieson, Fausset & Brown, o símbolo só desaparece quando encontra a realidade que antecipa. Como ainda não temos o sábado eterno, o sábado semanal que serve tipologicamente como sua antecipação se mantém. E dizem mais estes eruditos, especificamente sobre o texto de Col. 2:16:
“O sábado semanal repousa sobre um fundamento mais permanente, havendo sido instituído no Paraíso para celebrar a conclusão da obra da criação em seis dias. Lev. 23:38 expressamente distingue ‘o sábado do Senhor’ dos demais sábados. Um preceito positivo é correto porque é ordenado, e cessa de ser obrigatório quando ab-rogado; um preceito moral é ordenado eternamente porque é eternamente certo. Se pudéssemos guardar um sábado perpétuo, como poderemos no futuro, o preceito positivo do sábado, um cada semana, não seria necessário. Heb. 4:9, ‘descanso’, em grego, ‘observância de sábado’ (Isa. 66:23). Não podemos, porém, uma vez que até Adão, em inocência, necessitou de um em dia de descanso em meio a suas ocupações terrenas; portanto, o sábado é ainda necessário e assim está vinculado aos demais nove mandamentos. . .”
Por outro lado, as sombras foram estabelecidas depois do pecado, nas cerimonias que apontavam ao “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, enquanto o sábado é anterior ao pecado, e não aponta ao futuro, senão ao passado, a criação de todas as coisas.

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Como Se referiria Cristo ao sábado como “feito por causa do homem” se fosse só uma sombra dentre as demais da religião judia, que cessaria em algum tempo, sem mais servir ao homem para conceder-lhe benefícios físicos, mentais e espirituais?

28. Vocês já leram Romanos 14:5, 6 que mostra que alguns fazem diferença entre dia e dia, mas outros julgam iguais todos os dias? Ainda é dito: “Cada um esteja seguro em sua própria mente.” Por que o apóstolo Paulo não insiste que aqueles que julgam iguais todos os dias deveriam estimar o sétimo dia como superior a todos os demais dias e “santificá-lo” conforme defendem os adventistas?

Obs.: Por acaso os ensinos de Ellen White são mais importantes que os de Paulo? Acreditam mesmo que ela estaria na verdade corrigindo um erro deste apóstolo ao exigir a guarda do sábado para salvação do crente?

RESPOSTA: Novamente não conseguem levar em conta o contexto e teor completo do ensino bíblico. Paulo só discute aí outro problema local dos que ainda julgavam necessário celebrar as datas especiais de Israel, como as festas de trombetas, dos tabernáculos, do purim, etc. Como eram cristãos étnica e nacionalmente judeus, imaginavam que ainda teriam essa obrigação, porém Paulo lhes diz que ainda que tivessem liberdade para celebrá-las (pois para os judeus eram como feriados nacionais) não deviam impor tais regras sobre todos.

Que o sábado semanal não está aí envolvido se faz claro porque o Apóstolo sabia que não podia mudar a lei de Deus estabelecendo regras diferentes do que disse o Senhor, quando santificou o sábado no Éden (Gén. 2:2, 3). A palavra “santificar” significa “separar para uso dedicado a Deus”.

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Sendo que está claro que a comunidade cristã não decidiu que o sábado seria substituído, seja pelo domingo, seja pelo dia nenhum/dia qualquer, em seguida à morte de Cristo na cruz, enquanto não se decidia sobre isso que dia observavam--o sábado, o domingo ou dia nenhum? Onde estão as evidências bíblicas, para que seja uma outra coisa?

29. O tema principal do adventismo é guardar a lei, especialmente a lei do sábado. Agora, no Novo Testamento encontramos que 50 vezes menção de pregar o Evangelho, 17 vezes de pregar a Palavra, 23 vezes de pregar a Cristo e 8 vezes de pregar o Reino. Nenhuma vez somente se fala de pregar a lei do sábado, como vocês tanto defendem. Como explicam isso?

Obs.: Não vêem que o que vocês defendem é uma afirmação herética de que a Bíblia estaria errada e incompleta e os escritos de Ellen White seriam mais importantes que a própria Palavra Eterna de Deus, a ponto de acrescentar nela o que Deus não revelou? Já leram por acaso Provérbios 30:5-6 e Apocalipse 22:18-19?

RESPOSTA: Aqui temos, uma vez mais, o fracassado “argumento do silêncio” que vale tanto quanto um zero à esquerda. Não prova coisa nenhuma sobre nada. Não há nenhuma ordem para que não se fale o nome de Deus em vão, o que não se confeccione imagens de esculturas, ou de proibição da consulta aos mortos, enquanto Jesus recomendou a guarda do sábado: em Mat. 23:1-3 Ele recomendou a seus ouvintes, discípulos e as multidões, que acatassem TUDO o que seus chefes religiosos ensinavam em harmonia com a lei divina, só não sendo hipócritas como eles, com sua filosofia de façam o que digo, porém não o que faço.

E uma das coisas que ensinavam em harmonia com a lei era a fiel observância do sábado (Luc. 13:14). Portanto, temos aí Cristo recomendando o sábado, junto com todas as outras regras da lei! O fato de que só havia judeus presentes não é desculpa porque também só havia judeus presentes quando Ele lhes pregou os princípios do Sermão do Monte, e até quando lhes transmitiu Sua “lei áurea” de amor a Deus e ao próximo. Só disse estas coisas a judeus. . . Então, pelo raciocínio destes opositores, tais princípios também só se aplicariam aos judeus. . .

PERGUNTA PARA RETRIBUIÇÃO: Leiam os tópicos 9, 10 e 18 do documento confessional oficial dos adventistas? Se o leram então estão dando falso testemunho contra o próximo ao dizer que “O tema principal do adventismo é guardar a lei, especialmente a lei do sábado”. Se não o leram, busquem fazê-lo e não mais digam coisas que não são verdadeiras porque é um ato de desonestidade intelectual, já que então sabiam o que ensinam realmente os adventistas sobre o tema da salvação pela fé, que é a preocupação básica dos adventistas. Até o nome da Igreja, “Adventista” acentua que o advento de Jesus é uma das mais grandes preocupações da pregação adventista, o que é um assunto fundamentalmente cristocêntrico. Para se falar de segunda vinda de Cristo há que explicar o que se passou em Sua primeira vinda, e a razão porque voltará. Não é este o tema base do evangelho?

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