30.10.09

AS TRÊS MENSAGENS ANGÉLICAS POR ELLEM WHITE I

Publicado em por Seventh Day

entrevista”, Ellen White explica o Evangelho Eterno bem como o Quarto Anjo.






Compilado por

Kathy Usilton

1- Sr. White, são as três Mensagens Angélicas literais ou símbolos de alguma coisa? Ninguém escuta a voz destes anjos, pois eles são o símbolo que representa o povo de Deus que está trabalhando em harmonia com o universo do céu. Homens e mulheres, iluminados pelo Espírito de Deus, e santificados através da verdade, proclamam as três mensagens em sua ordem. Life Sketches of E.W.,p.429. Estes anjos representam aqueles que receberam a verdade, e com poder abrem o evangelho ao mundo. Bible Commetary, 7:978-979 (Carta79, 1900)

2- Como podemos saber o tempo quando a profecia do primeiro anjo foi cumprida? A própria mensagem clarifica luz em relação ao tempo quando este movimento deve tomar lugar. É declarado ser uma parte do “evangelho eterno”; e anuncia a abertura do julgamento. A mensagem de salvação tem sido pregada em todas as épocas; mas esta mensagem é parte do evangelho que poderia ser proclamada somente nos últimos dias, pois só então seria verdade que a hora do julgamento havia chegado (1844). O Grande Conflito págs. 356,357.

3- A senhora sente que pessoalmente teve parte no cumprimento destes três anjos? Eu tive uma experiência no primeiro, segundo e terceiro anjos…. Eu tive uma parte neste solene trabalho. Praticamente toda minha experiência Cristã está ligada a isto. Há aqueles que agora vivem que tem uma experiência semelhante a minha. Eles tem reconhecido que a verdade para este tempo; eles tem mantido passo a passo com o grande Líder, o Capitão do exército do Senhor. Na proclamação destas mensagens, toda especificação da profecia tem sido cumprida. Aqueles que foram privilegiados em terem uma parte na proclamação destas mensagens tem ganho experiência que é do mais alto valor para eles. Life Sketches of E.W. pág.429.

4- Qual é o “evangelho eterno” da primeira mensagem? A mensagem proclamada pelo anjo voando pelo meio do céu é o evangelho eterno, o mesmo evangelho que foi anunciado no Éden quando Deus disse à serpente: “porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar,” Gên.3:15. Aí está a primeira promessa de um salvador que havia de erguer-Se no campo de batalha para contestar o poder de Satanás e prevalecer contra ele. Cristo veio ao nosso mundo a fim de representar o carácter de Deus assim como ele é representado em Sua santa lei; pois esta é uma transcrição de Seu carácter. Cristo era tanto a lei como o evangelho. O anjo que proclama o evangelho eterno proclama a lei de Deus; pois o evangelho da salvação leva os homens à obediência da lei, pela qual seu carácter é formado segundo a semelhança divina. II Mensagens Escolhidas, 106.

5- O primeiro anjo diz “temei a Deus.” Temos nós realmente que ter medo dEle? O Senhor quer que Seu povo confie nEle se assegure no Seu amor, mas isto não quer dizer que não devamos temê-lo ou recea-lo. Alguns parecem pensar que se um homem tem um temor benéfico dos julgamentos de Deus, isto é prova de que ele está destituído de fé; mas isto não é assim. Bible Commnetary 6:1100.

Um apropriado temor de Deus, acreditar em Suas ameaças, resulta em frutos pacíficos de justiça, pois causa a alma temente, refúgio em Jesus. Muitos devem ter este espírito hoje, e tornar-se ao Senhor com contrição, pois o Senhor não tem dado tantas terríveis ameaças, pronunciado tão severo julgamento em Sua Palavra, simplesmente para terem escritos nos livros, mas Ele é sério no que diz. Idem (RH Out. 21, 1890). A verdadeira reverência a Deus é inspirada pelo senso de Sua infinita grandeza e a noção de Sua presença. Com este senso do invisível, todo coração deve sentir-se profundamente impressionado. A ocasião e o lugar de oração são sagrados, porque Deus está ali. Profetas e Reis, p.p.48,49.

6- Há controvérsia sobre a adoração hoje em dia. O que tem Deus em mente quando diz “adorar” na primeira mensagem? Pelo primeiro anjo os homens são chamados a temer a Deus, dar-lhe glória, e adorá-lO como Criador do céu e da terra. A fim de fazer isto devem obedecer à Sua lei. Diz o sábio: “Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem” (Ecl. 12:13). Sem a obediência aos Seus mandamentos nenhum culto pode ser agradável a Deus. “Este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos”. “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável” (1 João 5:3; Prov. 28:9). O Grande Conflito, pág. 349, Cap. 25.

7- Poderia ser mais especifica? No Capítulo 14 de Apocalipse, os homens são convidados a adorar o Criador; e a profecia revela uma classe de pessoas que, como resultado da tríplice mensagem, observam os mandamentos de Deus. Um desses mandamentos aponta directamente para Deus como sendo o Criador. O quarto preceito declara: “O sétimo dia é o Sábado do Senhor, teu Deus… porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor que é “um sinal,… para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus” (Êxo. 20:10,11- Eze. 20:20). Idem pág. 350.

8- Na segunda mensagem, o que é “Babilónia”? Declara-se que Babilónia é a “mãe das prostitutas”. Como suas filhas devem ser simbolizadas as igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições, seguindo-lhe o exemplo em sacrificar a verdade e a aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma aliança ilícita com o mundo. A mensagem de Apocalipse 14, anunciando a queda de Babilónia, deve aplicar-se às organizações religiosas que se corromperam. Visto que esta mensagem se segue à advertência acerca do juízo, deve ser proclamada nos últimos dias; portanto, não se refere apenas à Igreja de Roma, pois que esta igreja tem estado em condição decaída há muitos séculos (Idem pág. 308,309,cap.21).

Muitas das igrejas protestantes estão seguindo o exemplo de Roma na iníqua aliança com os “reis da terra” – as igrejas do Estado, mediante as suas relações com os governos seculares; e outras denominações, pela procura do favor do mundo. E o termo “Babilónia” – confusão, pode apropriadamente aplicar-se a estas corporações; todas professam derivar as suas doutrinas da Bíblia, e no entanto, estão divididas em quase inúmeras seitas, com credos e teorias grandemente contraditórias (Idem 309).

9- O que é o “vinho” de Babilónia? O Grande pecado imputado a Babilónia é que “a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição”. Esta taça de veneno que ela oferece ao mundo representa as falsas doutrinas que aceitou, resultantes da união ilícita com os poderosos da Terra. A amizade mundana corrompe-lhe a fé, e por seu turno a igreja exerce uma influência corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que se opõem às mais claras instruções das Sagradas escrituras. Idem 312.

10- O que a senhora diria a alguém que acusa a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Babilónia? Meu irmão, se estais ensinando que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é Babilónia, estais errado. Deus não vos deu nenhuma mensagem assim para proclamar. Satanás usará toda pessoa a que possa ter acesso, inspirando homens a criar falsas teorias, ou a se desviar por qualquer tangente errada, para dar origem a um falso excitamento, e assim desviar as almas do verdadeiro assunto para este tempo. Presumo que algumas pessoas poderão ser enganadas por vossa mensagem, porque estão cheias de curiosidade e do desejo de alguma coisa nova (Testemunhos Para Ministros pág. 59).

11- O que é a “besta” e a “imagem da besta” na terceira mensagem angélica? A besta mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela besta de dois chifres, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do capitulo 13 do Apocalipse- o papado. A “imagem da besta” representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para a imposição dos seus dogmas (G.C. 355,356).

12- Por favor relembre-me da protecção que o povo de Deus terá, durante o tempo da perseguição. Ainda que os inimigos os lancem nas prisões, as paredes do calabouço não podem interceptar a comunicação entre a sua alma e Cristo. Aquele que vê todas as suas fraquezas, que sabe de toda a provação, está acima de todo o poder terrestre; e anjos virão a eles nas celas solitárias, trazendo luz e paz do Céu. A prisão será como um palácio; pois os ricos na fé morarão ali, e as paredes sombrias serão iluminadas com a luz celestial, como quando S. Paulo e Silas, à meia-noite, oraram e cantaram louvores na masmorra de Filipos (Idem 503, cap. 39).

13- Na terceira mensagem é a “ira de Deus” um conceito mental ou um evento real? Logo o mundo será abandonado pelo anjo da misericórdia, e as sete últimas pragas estão para ser derramadas. O pecado, a vergonha, a tristeza e as trevas jazem a cada lado; mas Deus ainda estende às almas dos homens o preciosos privilégio de trocar as trevas pela luz, o erro pela verdade, o pecado pela justiça. Mas a paciência e misericórdia de Deus nem sempre esperarão. Não pense nenhuma alma que se pode ocultar da ira de Deus atrás de uma mentira; pois Ele arrancará da alma o refúgio de mentiras. Os raios da ira de Deus estão prestes a cair, e quando ele começar a punir os transgressores, não haverá um período de pausa até o fim. A tempestade da ira de Deus está se acumulando, e só permanecerão os que são santificados pela verdade no amor de Deus. Serão escondidos com Cristo em Deus até que passe a desolação.

Virá Ele para punir os habitantes do mundo por sua iniquidade e “a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos” (Testemunhos Para Ministros, pág. 182,183). Os juízos de Deus cairão sobre os que procuram oprimir e destruir o Seu povo. A Sua grande longanimidade para com os ímpios, torna audazes os homens na transgressão, mas o seu castigo, embora muito retardado, não é menos certo e terrível. ” O Senhor Se levantará como no monte de Perazim, e Se irará, como no vale de Gibeon, para fazer a Sua obra, a Sua estranha obra, e para executar Seu acto, o Seu estranho acto” Isaias 28:21. Para o nosso misericordioso Deus, o infligir castigo é acto estranho. “Vivo Eu diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio” Ezequiel 33:11.

O Senhor é misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade,… que perdoa a iniquidade e a transgressão e o pecado”. Todavia, “ao culpado não tem por inocente”. “O Senhor é tardio em irar-Se, mas grande em força, e ao não tem por inocente” Êxodo 34:6, Naum 1:3. Reivindicará com terríveis manifestações a dignidade da Sua lei conculcada. A severidade da retribuição que aguarda o transgressor pode ser julgada pela relutância do Senhor em executar justiça. A nação que por tanto tempo Ele suporta, e que não ferirá antes de haver ela enchido a medida da sua iniquidade, segundo os cálculos divinos, beberá, por fim, a taça da ira sem mistura de misericórdia (G.C. 503 cap. 39).

14- No Apocalipse 18 um anjo repete a segunda mensagem sobre a queda de Babilónia. É este o mesmo anjo ou um diferente? Vi, anjos, no Céu, indo apressadamente de um lado para outro, descendo à terra, e ascendendo de novo ao Céu, preparando-se para a realização de algum acontecimento importante. Vi então outro poderoso anjo comissionado para descer à terra, a fim de unir a sua voz com o terceiro anjo, e dar poder e força à sua mensagem. Grande poder e glória foram comunicados ao anjo, e, descendo ele, a terra foi iluminada com sua glória. A luz que acompanhava este anjo penetrou por toda parte, ao clamar ele poderosamente, com grande voz: “Caiu, caiu a grande Babilónia, e se tornou morada de demónios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo género de ave imunda e detestável.” Apoc. 18:2. A mensagem da queda da Babilónia, conforme é dada pelo segundo anjo, é repetida com a menção adicional das corrupções que têm estado a entrar nas igrejas desde 1844. A obra deste anjo vem, no tempo devido, unir-se à última grande obra da mensagem do terceiro anjo, ao tomar esta o volume de um alto clamor (Primeiros Escritos, pág. 277).

15- Qual é a relação deste anjo com o terceiro anjo? Foram enviados anjos para ajudar o poderoso anjo do Céu, e ouvi vozes que pareciam fazer ressoar em toda parte: “Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos; porque os seus pecados se acumularam até o Céu, e Deus Se lembrou dos actos iníquos que ela praticou.” Apoc. 18:4 e 5. Esta mensagem pareceu ser adicional à terceira mensagem, unindo-se a ela assim como o clamor da meia-noite se uniu à mensagem do segundo anjo em 1844 (Primeiros Escritos pág. 277).

16- Este quarto anjo chama o povo de Deus para sair de Babilónia. Estão realmente muitos do povo de Deus ainda em Babilónia hoje? Apesar das trevas espirituais e afastamento de Deus prevalecentes nas igrejas que constituem Babilónia, a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo continua a encontrar-se na sua comunhão. Muitos deles há que nunca souberam das verdades especiais para este tempo. Não poucos se acham descontentes com a sua actual condição e anelam luz mais clara. Debalde olham para a imagem de Cristo nas igrejas a que estão ligados (G.C. p. 314, cap. 21).

Sem comentários: